terça-feira, dezembro 28, 2010
Becos de Goiás Velho
Entre todos os becos, este foi o que mais me agradou. Estreito, de ladeira, em curva... Não encontrei outro tão interessante, desenhei-o do alto e de baixo.
Quando já ia embora, lembrei de registrar o nome. Não achei a placa. Então, voltei para o restaurante onde tinha almoçado e perguntei.
— Qual o nome daquele beco?
Um senhor de cabelos e barbas brancas, não sei se era freguês ou o dono, explicou.
Como o beco faz uma curva, o pessoal aproveitava para fazer suas necessidades. E disso surgiu um nome.
Será verdade? Deve ser um nome popular... Achei pitoresco e acabei não confirmando o oficial. E registrei no caderno — BECO DO MIJO.
domingo, dezembro 26, 2010
Outra casa em Goiás
De início, quando passei em frente, o que me chamou atenção foi apenas a cor forte da janela. Fui subindo, dei uma volta pela praça e na volta olhei para a casa outra vez.
Aí, achei que daria uma composição bacana, incluindo as duas árvores. O que mais me agradou no conjunto foi a passarela de pedrestres (que não aparece na foto) fazendo uma leve curva, assim como o telhado.
Casa rosa de Goiás
Encanto a primeira vista. Ao longo de um beco estreito, dei de cara com ela. Toda rosa. E me pareceu abandonada. Mas, os detalhes me fizeram perguntar. Quem teria morado aí? Contemplado a paisagem por essas janelas, espiado o movimento pelos desenhos da porta? Ou talvez ainda more, quem sabe?
Desenhar nas ruas do centro velho de Goiás é bem tranquilo ( menos no feriado e dias de festas, segundo os moradores, época que chegam mais turistas). Foi só sentar na calçada e começar a rabiscar, um sossego. De vez em quando passava alguém, e se estava de guarda-chuva era perfeito para completar a cena.
A casa de Cora Coralina
A casa de Cora Coralina se olha no espelho.
_ A casa sempre foi assim? - perguntei a um morador que chegou a conhecer a poeta.
_ Não se falava em restauro naquela época. - foi o que ele me respondeu.
Desenhei a casa de vários jeitos, me agrada ela bem de frente, mas aí não aparece a ponte que dá um outro charme...foram seis desenhos, do lado de fora.
_ A casa sempre foi assim? - perguntei a um morador que chegou a conhecer a poeta.
_ Não se falava em restauro naquela época. - foi o que ele me respondeu.
Desenhei a casa de vários jeitos, me agrada ela bem de frente, mas aí não aparece a ponte que dá um outro charme...foram seis desenhos, do lado de fora.
quarta-feira, dezembro 15, 2010
Caipirices
Lembrar é bom, é uma forma de saber da nossa identidade. E fico contente quando consigo colocar essas coisas dentro do livro. Por exemplo, o forno. Construído pelo meu avô, em tijolo, depois pintado de cal branco. A lenha ia dentro, queimava até virar brasa. E quando atingia uma alta temperatura, essa brasa era varrida para fora com vassourinha de galhos de alecrim. Um cheiro gostoso de erva se espalhava pelo quintal.
Lembro que minha mãe usava o forno para assar biscoitos de maizena e manjus (doce japonês). Vez ou outra, a vizinha vinha emprestar o forno, assava pães. Deixava sempre um para nós, embrulhado em pano de prato feito de saco de açúcar, alvo, bordado. Pão gordo, casca grossa, macio por dentro.
Mas, nessa época, sem saber apreciar as coisas boas da roça, queria pão da cidade, pão de padaria, casca fina e quebradiça, embrulhado num papel.
quarta-feira, dezembro 08, 2010
Para os leitores da Folhinha
Escrevi um texto para a Folhinha e sai neste sábado, dia 11. Falo de alguns seres que eu acho encantadores. Misteriosos, sapecas, maus ou atrapalhados... E lembrei até de alguns episódios engraçados quando criança, umas curiosidades. Quem quiser conhecer é só acessar http://www1.folha.uol.com.br/folhinha
Recebi janelas e poemas
Ontem recebi um belo presente. Vinte janelas, dentro de um envelope também com pintura de janela. Treze delas foram pintadas por Neide Santos e sete pelo seu professor Miguel Bertollo. Surpresa e alegria, porque, segundo conta a autora, tudo começou com uma releitura de uma janela que eu fotografei durante um passeio pela cidade de João Pessoa.
Aqui estão algumas delas que agora viajam por aí, espalhando sua magia, seus segredos e cores. E abaixo três dos poemas que as acompanham, no verso dos postais.
JANELA DE OUTRORA
Essa janela quebrada
desbotada pelo tempo
esconde segredos.
CASA PORTUGUESA
Uma janela romântica,
azulejos na parede.
É uma casa portuguesa,
com certeza.
JANELA E LIBERDADE
Na minha infância,
As janelas significavam libertação.
Na maturidade,
momento do fazer artístico.
Todos os poemas são de autoria de Neide Santos.
Conheça também os seus ensaios em: nastrilhasdaliteratura.blogspot.com
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