segunda-feira, setembro 27, 2010

Blog da Folhinha

Saiu um comentário sobre o livro Muli no blog da folhinha. E respondo as perguntas feitas por Gabriela Romeu, falo um pouco sobre o processo de criação, novas hitórias, encontro com crianças.
Convido os amigos a acessar o link:
http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/804553-conheca-muli-um-monstrinho-que-tem-medo-de-nao-botar-medo-em-ninguem.shtml

Perua rural



Com tantos carros bacanas que andavam na cidade... meu pai só queria perua rural. Mas esse carro aguentava os trancos, entre poeiras, curvas, subidas, descidas. Eu e meus irmãos gostávamos de ir na parte de trás. Quase sete quilometros até a cidade. E em dias de chuva? Qualquer passeio corria o risco de ser cancelado. Mesmo o cinema. Era o que eu mais temia, cinema vinha apenas uma vez ao mês e chegava em um caminhão (isso já é outra história). Rezar pra não chover. Se a água era muita, a estrada virava lama. Aí a perua reclamava. Teve dias que ela não quis mais sair do lugar. Só um trator para socorrer.

terça-feira, setembro 21, 2010

Os pequeninos seres do jardim

















No ano passado ilustrei um livro de poemas do Marcos Bagno. O título é Festa no Meu Jardim (positivo).

sexta-feira, setembro 17, 2010

O Jacaré e o dentista

Aproveitando o assunto, pequenos leitores, apresento aqui um livro divertidíssimo. É do Gomi Taro (alguns títulos traduzidos no Brasil pela CosacNaify), um dos autores mais bem sucedidos no Japão, com muitos livros lúdicos para o público que está começando a descobrir a magia dos picture books.
Na dificuldade de traduzir o título literalmente, vou adaptar para "O jacaré e o dentista".
Enquanto brinca na mata, o jacaré sente dor de dente e diz:
— Queria era brincar, mas tenho que ir...
E o dentista, que também está brincando, vê a silhueta do paciente na sua porta e diz:
— Queria era brincar, mas tenho que ir...
O livro todo é construído por repetições, dois personagens que falam exatamente as mesmas frases, tais como::
— Ai, que medo...
— E agora?
— Preciso de coragem!






















—Aaaai!
—Puxa, doeu!
— Só mais um pouquinho...
E quando o tratamento termina, ambos respiram aliviados:
— Ufa!
Agradecem e se despedem cordialmente:
— Desculpe o mau jeito. E até uma próxima vez.
Mas, quando cada um vai para um lado, ambos dizem:
— Não, não. Não quero vê-lo, nunca mais.


domingo, setembro 12, 2010

Para os pequenos leitores















































Livros desde o berço - esse assunto está em pauta, o que já é uma realidade em qualquer país onde existe uma tradição de leitura.
No ano passado, recebi um pedido muito especial, que é ilustrar um dos títulos para a "Coleção Pequenos Leitores", produzida pelo Instituto Alfa e Beto. São livros para se ler com crianças de 12 a 18 meses. Boa Noite não tem palavras, apenas imagens, direção de conteúdo e roteiro de Juliana Cabral, no formato de 15X15, acartonado, 8 páginas. São alguns rituais que antecedem o momento do sono de uma criança. E a técnica utilizada na ilustração é uma mistura de sumiê com aquarela.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Revista Ilustrar


Saiu a edição número 18, voltada à Ilustração de livros para criança. E tenho o imenso prazer de estar junto com Cris Eich, Shaun Tan, Rogério Coelho, Mariana Newlands, Mauricio de Souza. E tem a coluna do Renato Alarcão que entrevistou vários ilustradores. Quem ainda não conhece pode conferir os números anteriores, tudo é muito bem feito, coordenado e dirigido por Ricardo Antunes, também ilustrador e designer.

Para fazer o download gratuito basta acessar o site: www.revistailustrar.com

quinta-feira, setembro 02, 2010

Homenagem à Eva Furnari


Ontem foi o dia de homenagear Eva Furnari. Num auditório cheio de convidados, durante uma rápida conversa conduzida por Emir Perrotti, ela comentou que até os 45 anos não falava". A Eva que eu conheci há mais de 20 anos atrás era tímida, realmente falava pouco, mas a primeira impressão que guardei foi a de uma pessoa muito doce, generosa, disposta a passar seus conhecimentos da melhor forma.
Ela sabia dosar na medida exata a crítica e o incentivo, sabia que as palavras de incentivo seriam um aliado importante nos momentos difíceis.
Depois de passado alguns anos, quando a reencontrei, acho que ela já "falava" mais, e ria mais. Eu reparei que o seu riso vinha do ventre, era um riso aberto, gostoso. Ontem, enquanto ela comentava sobre a sua carreira, essas lembranças me passaram pela cabeça. E eu pensei comigo, como foi bom tê-la conhecido, tanto o seu lado mestre, quanto o seu lado criança, curiosa, sapeca, imaginação a mil. Espero poder acompanhar os seus novos projetos que estão por vir. O que será que ela anda aprontando?